Existem Rosas Sem Espinhos. Eu já as vi. Quase consegui toca-las.
E sei que as terei em mãos, mais cedo ou mais tarde. Agora depende só de mim.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

ઇ‍ઉ Testemunho Iniciante ઇ‍ઉ





“Minha fascinação se dava por um fetiche bobinho, uma fantasia de ser feito de escravo. Mas essa fascinação não chegava nem perto do que é BDSM. BDSM, a esse altura, me parece algo muito mais amplo, um processo de pertencer de maneira total e completa à alguém. Significa não importar-se em ceder seu corpo para qualquer desejo do dono, representa estar disposto a superar limites físicos e mentais dos mais diversos, enaltece uma filosofia de vida das mais intensas e extraordinárias que se tem notícia.


E ainda é deturpada pela sociedade em si, que considera tudo algo doentio e insano. Pensamento preconceituoso e injusto. BDSM é, antes de tudo, uma das demonstrações mais bonitas de afeto e de carinho que existem. Quem está no comando certamente consegue ir ao êxtase observando a dedicação e o empenho de um escravo em agradar. Quem está obedecendo fica maravilhado com a possibilidade de dar o seu melhor para satisfazer seu dono.

A idéia de alguém se permitir a viver com profundidade essas sensações parece-me digna de todos os elogios. Especialmente para o escravo é necessária extrema coragem, a partir do momento em que ele indiretamente acaba esquecendo-se de si próprio, para priorizar o prazer da pessoa que lhe segura pela coleira. Mas o grande paradoxo do BDSM, e talvez sua maior ironia, reside no fato do escravo ser o grande beneficiado com toda a relação.

Aprendi que ele vai em busca da superação de seus medos e temores, alcançando, no fim das contas, uma realização plena só igualada pela do dono (que conseguiu guiá-lo pelo caminho repleto de muitos obstáculos e desafios). Uma relação, portanto, sã, segura e consensual que, sempre com a observação da hierarquia, rende frutos para ambos os lados e proporciona um prazer inigualável para cada uma das partes.


Apenas me ocorre que são poucos os privilegiados que conseguem enxergar o BDSM dessa forma. Não se incluem nessa lista aqueles que cobram para dominar, aqueles que exploram por explorar, aqueles que abusam por abusar. Nem os que se entregam sem saber porque, ou sonham com uma relação de dominação onde farão apenas o que gostam.”

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